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Domingo, 27 de Abril de 2025

Notícias/Educação

EXCLUSIVO: “UMA GOTA E MEIA DE RIVOTRIL”..“É MUITO MIMIMI”..“ESTÃO FALANDO MANSINHO COM VOCÊ”– FRASES DO CASO DO MENINO AUTISTA “AGREDIDO” EM ESCOLA DE RESENDE.

Cinco horas de gravação, entregues à polícia, que tivemos acesso. Direção da Escola já afastou professora e orientadora. “Novas medidas serão tomadas”

EXCLUSIVO: “UMA GOTA E MEIA DE RIVOTRIL”..“É MUITO MIMIMI”..“ESTÃO FALANDO MANSINHO COM VOCÊ”– FRASES DO CASO DO MENINO AUTISTA “AGREDIDO” EM ESCOLA DE RESENDE.
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RESENDE, RJ – Menino Autista de seis anos segue em casa em acompanhamento psicológico, após ter sido vítima de “agressão psicológica” dentro da escola. OBS: Reportagem sujeita a atualização. 

Os pais do menino de seis anos, autista, que teria sido vítima, em princípio, de “agressão psicológica” {está em investigação também, possível agressão física}, dentro do Colégio Ebenezer de Educação em Resende, no Sul Fluminense, segue em casa, sem ir para o colégio, com acompanhamento psicológico.

A mãe do menino, a Psicanalista Tatiane Toledo e seu marido, conversaram com a equipe da Revista e do Site Acontece Interior, na manhã desta quinta-feira, dia 20 de março. Eles relataram o drama pelo qual estão passando desde o que ocorreu com o filho deles.

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Nossa equipe teve acesso a mais de 05 horas de gravação em áudio, onde consta diversos momentos, como tudo teria ocorrido.

O menino autista estuda em uma sala com outras quatro “crianças típicas”. Todos são acompanhados por uma professora e esporadicamente por uma orientadora.

Após a grande repercussão do caso que ocorreu há uma semana, novas revelações constantes nos áudios, a que tivemos acesso, estão frases atribuídas pelos pais, às profissionais de educação, professora e orientadora do colégio. Nossa equipe separou três trechos, dentre muitas frases “absurdas” direcionadas ao menino atípico, de apenas seis anos.    

“...Rivotril...uma gotinha e meia...”, frase que, segundo a mãe do menino, Tatiane, teria sido dita pela orientadora à professora, no momento em que o menino estava exaltado dentro da sala.

“Estão falando muito mansinho com você... é muito mímímí...”, frase que segundo Tatiane, teria sido dita pela professora ao filho dela.

“vem aqui segurar a pá... comigo é assim...”. Um outro momento da gravação revela que, logo após o menino, que tem algumas limitações motoras, ter deixado cair o lanche dele no chão da sala, a professora teria falado para ele ir pegar a vassoura. Mas a criança se recusou a busca-la e disse que iria contar tudo para o pai dele.

A vassoura acabou sendo pega por outra pessoa. Nesse momento, a professora teria dito ao menino. “vem aqui segurar a pá... comigo é assim...”.

Justiça: Todo caso já foi denunciado à justiça e registrado na Polícia Civil, onde uma investigação deverá ser conduzida pelo delegado Michel Floroschk, titular de Resende. 

Resumo da entrevista com a Psicanalista Tatiane Toledo e seu marido Felipe: Nós queremos justiça, não só pelo meu filho, mas em nome de todas as outras crianças atípicas e suas famílias, pois a gente sabe que, o que está acontecendo com o meu filho, não é um caso isolado. Em outras escolas, seja de Resende ou outras cidades, há casos como o da nossa família.

Quero ressaltar aqui que a Escola onde meu filho estuda em Resende, onde aconteceu essa agressão com ele, está nos dando toda atenção e retaguarda.

Meu filho é um menino autista, completamente dócil. Ele até tem excesso de amor e carinho com as pessoas. Ele gosta de abraçar as pessoas. Sempre foi assim.

Mas de uns tempos para cá, ele voltava da escola e estava quieto, começou a se auto agredir com tapas na cabeça. E eu, como mãe e também profissional da área, percebi que havia algo errado. Quando ele chegou a me dizer que a professora gritava com ele, eu e meu marido decidimos por um telefone dentro da mochila dele, para gravar no período que ele estaria na escola. Foram mais de cinco horas que encaminhamos para a polícia civil.”   Relatou Tatiane.

Posição da Escola: Nossa equipe conversou com o Advogado da Escola, Renan Rodrigues. Ele informou que: “As duas profissionais, tanto a professora quanto a orientadora, foram afastadas de suas funções na escola. NOTA COMPLETA: “O Colégio Ebenezer de Educação, por meio de sua assessoria jurídica, vem a público esclarecer à comunidade escolar que a alegada agressão verbal a um aluno autista está sendo devidamente investigada.   A escola e a família estão trabalhando em conjunto para apurar os fatos relacionados à suposta agressão.  O aluno e sua família estão recebendo todo o apoio necessário. As profissionais envolvidas foram imediatamente afastadas e  novas profissionais foram designadas para dar continuidade ao atendimento. A instituição reforça seu compromisso com a proteção e garantia dos direitos das crianças, destacando que nenhuma criança deve ser exposta a situações prejudiciais. Portanto, a apuração dos fatos será conduzida de maneira rigorosa e transparente. A Direção da escola ressalta a qualificação e o comprometimento de sua equipe e professoras, que não apenas possuem sólida formação pedagógica, mas também oferecem carinho, cuidado e atenção no atendimento a todos os alunos. Por fim, a instituição reafirma seu compromisso com uma educação inclusiva e acolhedora, repudiando qualquer comportamento agressivo ou discriminatório.”

Outros casos em Resende: Esse não é primeiro caso de agressão à autistas dentro de escolas de Resende. Um outro fato ocorreu em junho de 2024, quando um funcionário de uma outra escola, aplicou um golpe no pescoço de um estudante autista de 17 anos. O jovem caiu e bateu com a cabeça no chão, chegando a ficar desacordado. À época o agressor, funcionário da escola, foi preso.   

Secretaria de Educação de Resende: Nós entramos em contato com a Secretaria de Educação de Resende, comandada pela Professora Rosa Diniz Frech de Almeida e informamos o motivo da reportagem. Também entramos em contato com a Secretaria de Comunicação, indagando a seguinte questão: Apesar dos casos terem ocorrido em escolas privadas, como maior autoridade da Educação na Cidade, queremos saber o que a Prefeitura, por meio da Secretaria, ou a própria Secretária, estaria fazendo com relação a esse caso mais recente. Se haveria ou se haverá uma fiscalização ou outra atitude? Também abrimos espaço, para que o Prefeito da cidade, caso queira, comente esses casos.  Mas até o momento não houve uma reposta. Atualização às 17h11m (20/03)Nota da Secretaria de Educação: A Prefeitura de Resende, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informa que até o momento não recebeu nenhuma denúncia referente ao ocorrido. Cabe destacar que o Conselho Municipal de Educação realiza a aprovação da autorização de funcionamento das escolas municipais e escolas privadas de Educação Infantil a cada cinco anos, garantindo o cumprimento dos requisitos previstos na legislação. A Secretaria Municipal de Educação reafirma o compromisso com a educação de qualidade e continua acompanhando de perto todas as situações que envolvem o sistema educacional do município, a fim de tomar as providências cabíveis.

Professora e Orientadora: Nossa equipe tentou por várias vezes, entrar em contato com as profissionais de educação afastadas da escola e que estão sendo acusadas  e denunciadas desse caso. Não tivemos sucesso. Por isso mesmo decidimos não divulgar seus nomes. Caso elas, ou seus representantes jurídicos, queiram se manifestar, assim que o fizerem, essas informações serão acrescentadas nessa reportagem.   

 

   

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