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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025

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Artigo: “A Inteligência Artificial já impacta o mercado de trabalho, e precisamos nos preparar”

Por Dr Bruno Garcia Redondo

Artigo: “A Inteligência Artificial já impacta o mercado de trabalho, e precisamos nos preparar”
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Artigo: “A Inteligência Artificial impacta o mercado de trabalho, e precisamos nos preparar”. Por Bruno Garcia Redondo

“A Inteligência Artificial vai acabar com os empregos”. Esse é um temor que já preocupa milhões de profissionais. A cada avanço tecnológico, esse medo ressurge na sociedade, como mais recentemente vimos na revolução industrial (mecanização) e na revolução digital (internet). A diferença é que a atual revolução, da IA generativa, não encontra precedentes na história humana.

Ferramentas e plataformas de IA estão evoluindo na velocidade da luz, entregando resultados (dependendo da área) com maior quantidade, maior qualidade, menor tempo e mais eficiência e precisão do que os humanos. Recente estudo de pesquisadores da Universidade de Stanford constatou que vagas ocupadas por recém-formados estão sendo tomadas pela Inteligência Artificial. Mas será que isso se aplica ao mercado de trabalho em geral? Seremos todos substituídos pela IA, agentes e robôs em um futuro nada distante?

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Segundo a polêmica pesquisa, as áreas mais afetadas são as de programação e de atendimento ao cliente. Desde o fim de 2022, quando o ChatGPT foi lançado, por exemplo, o número de jovens entre 22 e 25 anos empregados nesses setores caiu 16%. Por quê? São exatamente as áreas onde a IA tem maior capacidade de assumir tarefas básicas ou repetitivas, como escrever códigos ou responder dúvidas frequentes de clientes. Os mais experientes não sentiram o impacto apenas porque têm conhecimentos práticos que a tecnologia (ainda) não conseguiu reproduzir.

A pesquisa mostrou também um lado positivo: o uso da IA tem ajudado funcionários, tornado equipes mais produtivas e ágeis, e gerado retorno financeiro para as instituições, que, por sua vez, contratam mais pessoal, criando um círculo virtuoso.

A verdade é que a IA generativa irá, cada vez mais, realizar atividades repetitivas, de massa, generalistas e, até mesmo, de precisão e criação.Porém, isso não significa que a IA vá substituir o ser humano de forma absoluta. A tecnologia não elimina o trabalho, mas, sem dúvida, transforma a forma de trabalhar. Todos os profissionais não serão substituídos pela IA, mas, sim, por outros que saibam usar a IA a seu favor.

Para evitar uma tragédia anunciada, o desafio é preparar a sociedade para trabalhar com a IA. É preciso correr contra o tempo e investir em educação digital e requalificação profissional. Políticas públicas precisam ser reformuladas, para usar a IA para melhor atender e melhor capacitar a população. É essencial atualizar os currículos de ensino e incluir, nas escolas e universidades, disciplinas que ensinem o uso consciente e estratégico da IA. Conhecer essas ferramentas se tornou exigência básica, não mais um diferencial.

Precisamos assumir o protagonismo da nossa evolução e usar a tecnologia como aliada, não como inimiga. A inteligência emocional e a capacidade crítica sempre nos diferenciarão das máquinas. O futuro não é dos que resistem às mudanças, mas dos que sabem se reinventar com elas. Que sejamos antifrágeis para transformar todo esse temor em oportunidades de crescimento e combustível para evoluir!” 

Bruno Redondo é Doutor e Mestre em Direito, Professor da PUC-Rio e UFRJ, Procurador da UERJ e Advogado

 

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