VASSOURAS, RJ – Gastos de R$7 milhões para realinhamento de paralelepípedos que agora, receberam asfalto por cima, são questionados por vereador.
Histórica cidade no Vale do Café, Vassouras vem chamando a atenção por um tema que, aparentemente poderia ser visto apenas como investimento. Mas as constantes polêmicas sobre o Asfalto que está sendo despejado sobre várias ruas de paralelepípedos, algumas próximas à Patrimônios Históricos Tombados e importantes para o turismo, despertou a atenção de vereadores e questionamentos de moradores e Autarquia Federal.
O parlamentar Jeovane Lomeu (Solidariedade), em entrevista à Revista Acontece Interior, disse que: “À época, em conversa com o prefeito Severino, cumprindo meu papel de fiscalizador, questionei: Porque de não se fazer um sistema de travar as pedras e em seguida cobrir com material? Ele me disse que tinha que ser feito o realinhamento, com preparo da base e outras explicações. O trabalho custou aos cofres públicos, mais de R$7 milhões dos R$40 milhões que a prefeitura pegou emprestados na rede bancária.” Explicou o vereador Jeovane Lomeu que segue:
“Pouco tempo depois, os paralelepípedos já estavam soltando e, em muitos pontos, ficaram desalinhados novamente. Foi um dinheiro dos cofres públicos, do contribuinte {R$ 7milhões} jogado fora”. Disse.
Mas como assim, jogado fora?
Jeovane Lomeu: “Se o trabalho executado tivesse dado certo, ok. Mas não deu certo. As pedras estão soltando novamente, e agora mais recentemente, a prefeitura está despejando asfalto por cima dessas ruas, {Velho de Avelar e Fernando Pedrosa Fernandes já foram asfaltadas}, ou seja, mais dinheiro público sendo gasto. Um desperdício que poderia ter sido evitado lá trás. E agora, eu faço uma pergunta: Antes não podia, mas agora pode jogar asfalto em cima dos paralelepípedos? O que mudou?” Questiona o vereador, que está levantando outros dados sobre o asfaltamento das ruas de Vassouras.
IPHAN OBRIGA PREFEITURA DE VASSOURAS A RETIRAR ASFALTO DESPEJADO "SEM AUTORIZAÇÃO" SOBRE RUAS PROTEGIDAS POR TOMBAMENTO E POR PORTARIA FEDERAL:
Sem autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a prefeitura de Vassouras asfaltou a Rua Otávio Gomes, próximo a dois dos principais Conjuntos Urbanísticos e Paisagísticos da cidade, protegidos por uma Portaria Federal. O Museu Casa da Era e a Estação Ferroviária Central de Vassouras. O executivo tinha autorização do Iphan para asfaltar apenas uma parte da avenida Otávio Gomes, no sentido bairro Madruga ao Centro, até na altura do Samú.
SEM AUTORIZAÇÃO E SEM ESTUDOS: No entanto, sem permissão e sem Estudos Hídricos de Permeabilidade do Solo e Impactos Viários (exigidos por lei), o executivo {Severino Dias e Rosi Silva} ordenou o asfaltamento do trecho de Entorno do Patrimônio Público, como explica, em entrevista exclusiva à Revista Acontece Interior, o Chefe do Escritório Técnico do Iphan de Vassouras, Ivan Mascarenhas.
“Eles não poderiam ter asfaltado esse trecho no entorno dos conjuntos urbanísticos e paisagísticos, sem autorização e principalmente, sem os Estudos de impactos nesse patrimônio tombado por portaria Federal. Por isso ordenamos que o asfaltamento fosse paralisado e o que já tinha sido despejado, que fosse retirado imediatamente.” Explicou Ivan.
Nem o prefeito Severino Dias e nem a Vice Rosi Silva, explicaram publicamente o motivo desse “Erro Processual”, nem qual o prejuízo causado aos cofres públicos, com o asfalto aplicado e posteriormente sendo retirado.
NOTA DA REVISTA: A Revista Acontece Interior segue com o espaço aberto, caso o prefeito Severino Dias e a Vice Rosi Silva, queiram se explicar sobre essa questão. Se assim o fizerem, essa reportagem será atualizada.
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