VOLTA REDONDA, RJ – Projeto Coluna Reta de Volta Redonda, pode ser regionalizado para outras 11 cidades do Sul Fluminense.
O projeto Coluna Reta, lançado pela prefeitura de Volta Redonda em 2023, com a proposta de prevenir e corrigir a escoliose idiopática, já realizou mais de 75 cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde). É considerado um programa de sucesso no tratamento da enfermidade, que atinge principalmente adolescentes em fase de crescimento.
Pioneiro na ‘Cidade do Aço’, o Coluna Reta virou lei estadual, de autoria do deputado Munir Neto - lei estadual 10.009/2023 - já sancionada pelo governador Cláudio Castro.
Como o projeto ainda não foi implantado em todo o Estado do Rio, Munir Neto, que também é presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, junto com o coordenador do Coluna Reta, o médico ortopedista Juliano Coelho, está propondo a regionalização do programa.
A ampliação do atendimento seria por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraíba (Cismepa), que engloba 12 municípios do Sul Fluminense: (Volta Redonda, Barra do Piraí, Valença, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Barra Mansa e Rio das Flores).
O deputado e o ortopedista, vão se reunir no próximo dia 25 de abril com o presidente do consórcio, prefeito de Piraí, Luiz Fernando Pezão.
“Nós vamos conversar com o Pezão para que o consórcio atenda com o Coluna Reta os municípios, inclusive implantando um pólo do projeto na região, possivelmente no Hospital Regional. A ideia é fazer com que os pacientes e seus familiares não precisem viajar ao Rio de Janeiro para fazer a cirurgia, nos casos em que for necessário. Em Volta Redonda, as operações são feitas no Hospital São João Batista, mas no caso de pacientes de outros municípios, a cirurgia tem que ser realizada no Hospital da Criança, no Rio de Janeiro. A regionalização acabaria com esse transtorno. Essas mudanças também acabariam desafogando a fila no Estado e, além disso, depois da regionalização ficaria mais fácil levar o projeto para todo o Rio de Janeiro”. argumentou deputado Munir Neto.
O ortopedista Juliano Coelho, especialista em coluna, que coordena o projeto, destacou que a grande vantagem do Coluna Reta, é fazer o diagnóstico precoce da Escoliose Idiopática, que se caracteriza por um desvio lateral e rotacional da coluna vertebral, atingindo principalmente adolescentes em idade de crescimento, entre 9 e 14 anos, com cinco vezes mais prevalência em meninas. O desvio pode chegar a ser tão grande, que incapacita fisicamente o paciente, podendo até mesmo comprimir órgãos internos, como o pulmão.
De acordo com o médico, o projeto em Volta Redonda é pioneiro na prevenção da doença. Ao se fazer uma triagem em massa nas escolas da rede municipal, consegue-se evitar que os casos se agravem e se tornem cirúrgicos.
“A melhor solução para a escoliose é o diagnóstico precoce, a medicina preventiva. Atualmente nós temos mais de 80 crianças fazendo fisioterapia especializada, que se não houvesse o projeto, seriam casos cirúrgicos. E já diminuiu o número de casos cirúrgicos, provando que a prevenção está funcionando. A regionalização, além de trazer mais comodidade para os pacientes e familiares, também pode agilizar o atendimento de casos mais graves. Seria uma forma de atender primeiro os casos com indicação cirúrgica. Depois, a prevenção ficaria a cargo de cada município, inclusive baseado na lei estadual do deputado Munir Neto”, finalizou o Otopedista.
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