FGV RIO Palestra Marco Capute FUSVE
A Fundação Getúlio Vargas, realizou esta semana no Rio, o Encontro Nacional de Fundações de Direito Privado. O evento teve como principal pauta, o debate sobre o terceiro setor e reuniu Gestores Fundacionais. Autoridades públicas, como o Procurador Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e ministros do Superior Tribunal de Justiça, também participaram. Como destaque entre os palestrantes, esteve o Engenheiro Marco Capute, Presidente da Fundação Educacional Severino Sombra, com sede em Vassouras no Vale do Café. Ele explicou o histórico da recuperação, os inovadores modelos de gestão para as áreas de saúde e educação e o direcionamento estratégico de crescimento que vigora hoje na FUSVE.
Durante o encontro que teve o apoio do Ministério Público das Fundações, Marco Capute fez também um balanço de sua gestão à frente da Fundação Educacional Severino Sombra, com ênfase nos números superlativos e a aplicação de Gestores Inovadores de Gestão. A apresentação despertou a atenção da plateia, quando Capute afirmou, dentro de um templo da administração como é a FGV, que planejamento estratégico é atualmente, “um amontoado de papeis inúteis, devido à velocidade com que as coisas mudam”, quebrando um paradigma dos conservadores modelos de gestão. Foi apresentado em detalhes, o modelo atual de gestão da Fusve, que ele classificou de “direcionamento estratégico”. O modelo pode ser definido de acordo com a situação da empresa e compreende três possíveis caminhos: crescer, que compreende caixa alto e/ou capacidade de endividamento e buscar oportunidades no mercado, manter forte controle de custos e reduzir ou negociar ativos que não produzem retorno adequado.
O engenheiro vassourense mostrou ainda, como fazer para o modelo rodar. “Montar um plano de negócios considerando os ativos atuais e suas potencialidades; montar um fluxo de caixa para 10 anos de funcionamento; montar um modelo de orçamento baseado nos dois primeiros anos do plano de negócios; executar uma forte gestão de caixa; construir uma alavancagem máxima permitida otimizada; manter um capital de giro considerando 6 meses de despesas com salários; manter o caixa com forte liquidez para o caso de um direcionamento estratégico de crescimento” palestrou Marco Capute, que explicou também que adotou os modelos operacionais da gestão da universidade como unidades de negócios para cada curso.
HUV- Curiosamente, adotou como modelo de gestão do hospital, um circo, composto por pessoas com multifunções e ainda os grandes artistas, equipe da alta complexidade, laboratório, lavanderia e diagnóstico por imagem, exercendo uma gestão compartilhada, com remunerações adicionais pelo resultado que trazem para as unidades hospitalares. Capute lembrou também dos momentos difíceis que enfrentou quando assumiu a gestão na Fusve, em 2012. “Encontramos muitas dificuldades, como salários atrasados e dívidas que representavam quatro vezes o nosso faturamento. Mudamos para sobreviver e hoje seguimos em constante expansão. Tenho a convicção de que não há outra saída. A Fusve é fundamental para Vassouras e região na Educação, na Saúde e no desenvolvimento econômico”, disse o presidente.
Marcos Capute apresentou números de alunos matriculados em cursos presenciais que triplicaram desde sua posse. O faturamento na Educação foi, em 2021, quatro vezes maior que em 2012. O Hospital Universitário de Vassouras, que gerava prejuízo de cerca de 2 milhões de reais mensais, fecha há anos no superávit. “Há uma ideia de que fundação não pode ter superávit. Mas é o superávit que nos dá a tranquilidade para criar um plano de financiamento próprio, que nos proporcionou abraçar nossos alunos no momento mais agudo da pandemia, abrindo mão de duas mensalidades, e ainda nos permitiu salvar vidas, sendo o HUV o maior hospital privado em número de leitos destinados a Covid-19”, comentou. Para os próximos anos, Marco Capute projeta ainda mais crescimento. “Devemos dobrar o número de alunos nos próximos cinco anos e operar pelo menos mais dois ou três hospitais, além do novo HUV, que será concluído nos próximos dois anos, com uma área útil de 21 mil m2, quase três vezes o HUV atual, que vai operar diversas outras complexidades da área médica. Vamos continuar crescendo e mostrando que, com uma inteligente e comprometida gestão, se consegue reverter quadros aparentemente irreversíveis. Como parâmetro de comparação, podemos, por exemplo, reverter o quadro do Estado do Rio de Janeiro, com esse tipo de gestão. Não posso esquecer que a participação de todos os nossos funcionários foi fundamental para nossa recuperação. Assim, estaremos honrando o legado do nosso fundador General Sombra”. Finalizou o presidente da FUSVE Marco Capute.
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