BRASIL, Política Digital
(Por João Gabriel Andrade Ribeiro - Formando em Jornalismo – Estágio Supervisionado com fotos divulgação) Supervisão Adriano Lizarelli Paes – Jornalista Editor.
A imensa responsabilidade do cidadão de eleger o presidente que estará no comando do nosso país pelos próximos quatro anos, ganha amplitude em 2022. Marcada para o dia 02 de outubro, as eleições presidenciais são um marco da democracia brasileira e geram uma grande movimentação de informações na internet. Em um mundo globalizado, onde o conhecimento é compartilhado de forma instantânea e expansiva, as redes sociais se tornam um aliado político frente à possibilidade de informar e convencer o eleitor. As redes sociais surgiram como um meio de grande influência na formação de opinião da população. Até pouco tempo atrás, o pensamento coletivo público era formado com base em informações passadas pelos veículos de comunicação tradicionais, como o jornal, a rádio e a televisão. Atualmente, com a inserção cada vez maior da tecnologia no dia a dia do cidadão, o Twitter, o Facebook e o Instagram, por exemplo, servem para disseminar o conteúdo sobre partidos, políticos, governos, entre outros grupos. Segundo Juliana Teixeira, professora de Jornalismo na Universidade Federal do Piauí e Doutora pela Universidade da Beira Interior, em Portugal, em entrevista para a Revista Acontece Interior, as redes sociais têm impactado diretamente a política. “Antigamente, as questões políticas, como por exemplo no STF, aconteciam de maneira mais fechada. Obviamente que a comunicação política tem seus pontos positivos, ajudando as pessoas a entender melhor as propostas de campanhas e as decisões políticas. Porém, hoje, com as redes sociais, o público tem acesso às informações e diante da característica da interatividade, todos têm o direito de opinar, ainda que seja leigo no assunto. É aí que devemos nos atentar. A comunicação política é um caminho duplo, com pós e contras, e os políticos se aproveitam disso”, disse a professora especialista em redes sociais e comunicação. A democracia evolui conforme a tecnologia cresce em nosso país. Quanto mais informações compartilhadas a respeito da política, maior a base de dados que o eleitor tem para escolher o seu voto naquele em que se acredita ser o candidato ideal para governar o Brasil. Juntamente com essa evolução da tecnologia em conjunto com a disseminação da informação, surge o que chamamos de fake news, em português, notícias falsas. O fato da rede social ser um ambiente aberto ao público, as diferenças de opiniões e as distorções daquilo que é real se torna uma possibilidade, exigindo do eleitor uma maior prudência e à busca rigorosa por aquilo que, de fato, é verdade.
Em conversa com Emerson Weslei, doutorando em ciências sociais, professor e especialista de temas relacionados ao comportamento humano na FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), o professor explica que o Brasil é a terceira nação no mundo que mais usa redes sociais. Em contrapartida, o índice de alfabetização do país é baixo, se tornando um perigo no tipo de informação que se consome. “As redes sociais têm um peso enorme na vida do brasileiro. Hoje, as redes são os locais de informação, carregando seus bônus e ônus. O ponto positivo é a rápida informação sobre tudo. Já a parte negativa é a curadoria daquilo que é bom ou não, verdadeiro ou não. Hoje, a fake news se espalha mais rapidamente do que as notícias verdadeiras, fazendo com que a desinformação atue fortemente no cenário político. No entanto, isso ainda é uma fase. As opiniões políticas nesse ano de eleição já são mais discutidas do que nas últimas eleições, em 2018. As pessoas vão aprendendo e evoluindo no dia a dia”, comentou o professor. De fato, as redes sociais contribuem tanto para a informação quanto para a desinformação política da sociedade. Cabe ao povo brasileiro se atentar aos fatos e averiguar as informações que recebem, como uma tentativa de filtrar as informações verídicas e auxiliar na decisão antes de apertar a tecla “confirma” nas urnas em outubro.
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