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Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024

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POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA 3ª FASE DA OPERAÇÃO 'PAVO REAL' EM PORTO VELHO E OUTROS LOCAIS

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 16 veículos e 66 imóveis pertencentes à organização criminosa

POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA 3ª FASE DA OPERAÇÃO 'PAVO REAL' EM PORTO VELHO E OUTROS LOCAIS
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PORTO VELHO, RO – PF Operação Pavo Real

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (22/11), a terceira fase da “Operação Pavo Real”, em continuidade aos trabalhos investigativos visando a descapitalização patrimonial de organização criminosa dedicada à prática do crime de tráfico internacional de drogas. As investigações foram iniciadas em fevereiro de 2019 pela Polícia Federal, a partir dos levantamentos realizados e constatação da existência de uma organização criminosa voltada para a ocultação do patrimônio obtido com o tráfico internacional de drogas, composta, em grande parte, pelos familiares do investigado preso no interior da penitenciária de segurança máxima, em Porto Velho/RO.

Agentes Federais de Execução Penal apreenderam, na cela do interno na Penitenciária Federal de Porto Velho/RO, bilhetes redigidos de próprio punho contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior. Com a liderança exercida pelo interno e seu filho, os investigados se associaram para a perpetuação e controle do tráfico internacional de drogas na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, na cidade de Porto Velho/RO, alugados pelos familiares do interno, ocasião na qual ocorreu a apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais.

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A segunda fase da operação foi deflagrada em julho de 2020, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita Federal, desmantelando financeiramente a organização criminosa dedicada à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores obtidos através do tráfico internacional de drogas, com a prisão de seus líderes e o sequestro dos bens adquiridos com dinheiro ilícito. À época foram cumpridos 21 mandados de prisão e 5 mandados de prisão domiciliar, em razão das investigadas possuírem filhos menores de 12 anos de idade, além de 67 mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal determinou o sequestro específico de 17 veículos de luxo, avaliados em R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados e cerca de 50 imóveis, com valores que superam a quantia de R$ 50 milhões.

Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela organização criminosa para a movimentação dos valores ilícitos. Fruto da análise dos materiais obtidos na deflagração das fases anteriores, a Polícia Federal identificou novos indivíduos envolvidos no esquema de ocultação do patrimônio, com a localização de imóveis e veículos pertencentes à organização. Nesta nova fase das investigações, a partir da análise dos dados, foram identificados 58 veículos e 73 imóveis de luxo e elevado valor, avaliados em mais de R$ 80 milhões, sendo que parte desses bens já haviam sido vendidos a terceiros de boa-fé.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal, além do sequestro de 16 veículos e 66 imóveis que permanecem na posse do grupo criminoso, todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho/RO.

  • O nome da operação faz referência à alcunha (codinome) pelo qual é chamado o investigado, sendo mundialmente conhecido pelo seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas e armas; tendo permanecido preso no Paraguai durante vários anos até ser expulso para o Brasil, em 2017, quando passou a cumprir sua pena em estabelecidos prisionais federais.

 

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